Atravesso
a noite com uma imagem de luz sobre o pavor.
Corpo-penumbra
antes da iluminação. Cortina
que
preserva os seres para o teatro do desconhecido.
Junto-me
a eles, o mais junto possível deles.
Na
mesma pele somos um só.
Agora,
o pensamento é uno e magnânimo.
Coro
perfeito e prolongado no tempo infinito.
É
preciso uma esplêndida promessa de eternidade
para
desvanecer a essência da coragem.
A
lua é um cálice de néctar que inebria
e
preenche a sombra íntima dos espíritos.
Depois
dessa iluminação permaneço numa asa de magia.
Adília César, LUGAR-CORPO, 2017, Eufeme
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