terça-feira, 9 de julho de 2019

ICONOGRAFIA DAS MÃOS NA ARTE II

Iconografia das Mãos na Arte II



Willy Verginer


Isto é um poema. Sem lugar nem corpo.
Um ponto e um universo cheio de asas.
O tempo cheio numa barriga de mãe.
Assim, quase a exceder-se.
Como se fosse um estilo de miragem
alinhado numa cena contemporânea.

Espiral. Imensa biblioteca de pontos e espaços.
Luzes que cantam o final de cada verso.

Se a minha mãe me chamar para dentro da sua barriga.
Mãe. Mãe sozinha de mãos dadas com o vento
a ensinar-me a voar para fora da sua cabeça. Para longe.
Mas eu só sei adormecer dentro do coração.

Isto é um poema?

Adília César in "lugar-corpo", Eufeme, 2017

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