Eu «tu» e outra vez «tu» sempre «tu» ainda.
O exagero de sermos eu e tu nesta lentidão.
Fisionomia do instante que afasta as distâncias:
caracol generoso que dá ao tempo
as águas do primeiro e do último lamento.
Ó harmonia das palavras que não escrevo.
Eu e tu, o amor, o verbo,
olhar a luz de frente sem medo de cegar.
Esse cheiro a terra depois da chuva
diz-me que tudo é como devia ser.
Eu e tu.
E depois tu dizes que não.
Adília César
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